domingo, 17 de maio de 2009

Espelho, espelho meu, quem sou eu?


Eu sou o tudo, eu sou o nada.

Sou o vento que leva as folhas e dá a elas o seu destino.

Sou a estrada sem fim de uma jornada, com seu cavalheiro covarde e sem armaduras.

Sou eu mesma, com meus sentimentos, mesmo não os tendo. Sou a cara e a coragem. Sou a fome, a sede, o sofrimento, a paz de um conflito...

Eu sou o grito do silêncio, como também sou a felicidade, as lágrimas das rosas.

Meu destino, eu fasso, ninguém se mete.

A minha tristeza é a minha alegria.

O meu coração pulsa, pulsa por um encontro com a morte.

Espelho, espelho meu: quem sou eu?

Eu sou o tudo, como também sou o nada!

Sou a paz, e sou uma guerra.       

Quem sou eu, muito prazer, sou a alegria e a solidão!                

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