domingo, 17 de maio de 2009

Quero sair...


Já caminhei muito, mas não cheguei a lugar nenhum.  Acho que andei em círculos. Quero- me de volta, preciso encontrar-me. Se eu cair, não levantarei mais, por isso vou fazer de tudo para te encontrar, só você me salvará. Preciso daqueles velhos raios de sol, daquele velho abraço, preciso... Quero ouvir novamente o canto dos malditos na terra do nunca, quero ir ao seu encontro, mas está caixa, este baú onde estou trancada, não me dá ao menos luz, não tenho chances, a não ser sonhar, e desses sonhos tirarei forças. Preciso de suturas para meus pulsos. Está escuro, não consigo ouvir ao menos o grito desesperado do silêncio. Minha cabeça parece estar debaixo d’água. Eu só quero sair, somente sair, e assim que isto acontecer beijarei o vento, e quem sabe, posso até voar. Nesse embalo, continuo querendo os seus abraços, o seu colo, querendo sentir seu cheiro. Voarei alto, já que tenho você para me salvar quando cair. E começo a sonhar. Sonho que você não me salvará, porém, saio por conta própria desta caixa, meus pulsos não estão mais cortados, e tenho asas. Aprendo a voar, e vou para tão alto, que como encanto, as asas somem, e lá vou eu ao encontro da morte. O sonho, porém, me parece real. Não acordei, e não sei se estou viva, mas é certo que a caixa se abriu. O que me recordo é de seu sorriso.

Meu imortal

Eu estou tão cansada de estar aqui
Reprimida por todos os meus medos infantis
E se você tiver que ir
Eu desejo que vá logo
Porque sua presença ainda permanece aqui
E isso não vai me deixar em paz.

Essas feridas parecem não cicatrizar
Essa dor é muito real
Isso é simplesmente mais do que o tempo pode apagar.

Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim.

Você costumava me cativar com sua luz ressonante
Agora sou limitada pela vida que você deixou pra trás
Seu rosto assombra todos os meus sonhos que já foram agradáveis
Sua voz expulsou toda a sanidade que havia em mim.

Essas feridas parecem não cicatrizar
Essa dor é muito real
Isso é simplesmente mais do que o tempo pode apagar.

Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim.

Eu tentei com todas as forças dizer à mim mesma que você se foi
E embora você ainda esteja comigo
Eu tenho estado sozinha por todo esse tempo.

Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim...de mim...mim...


My Immortal-Evanescence

Espelho, espelho meu, quem sou eu?


Eu sou o tudo, eu sou o nada.

Sou o vento que leva as folhas e dá a elas o seu destino.

Sou a estrada sem fim de uma jornada, com seu cavalheiro covarde e sem armaduras.

Sou eu mesma, com meus sentimentos, mesmo não os tendo. Sou a cara e a coragem. Sou a fome, a sede, o sofrimento, a paz de um conflito...

Eu sou o grito do silêncio, como também sou a felicidade, as lágrimas das rosas.

Meu destino, eu fasso, ninguém se mete.

A minha tristeza é a minha alegria.

O meu coração pulsa, pulsa por um encontro com a morte.

Espelho, espelho meu: quem sou eu?

Eu sou o tudo, como também sou o nada!

Sou a paz, e sou uma guerra.       

Quem sou eu, muito prazer, sou a alegria e a solidão!                

Abra seus olhos


Tudo isto parece estranho e surreal
E eu não quero passar um minuto sem você
Meus ossos doem, minha pele está fria
E eu estou ficando tão cansada e tão velha

A raiva me corrói por dentro
E eu não vou sentir esses pedaços e cortes
Eu quero tanto abrir seus olhos
Por que eu preciso que você olhe nos meus

Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos

Levante, vá embora, saia de perto desses mentirosos
Porque eles não entendem sua alma ou seu fogo
pegue minha mão, entrelace seus dedos entre os meus
E nós sairemos deste quarto escuro pela última vez

Cada minuto a partir deste agora
Podemos fazer o que gostamos em qualquer lugar
Eu quero tanto abrir seus olhos
Porque eu preciso que você olhe nos meus

Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos
Me diga que você abrirá seus olhos

Tudo isto parece estranho e surreal
E eu não vou perder um só momento sem você.


Open your eyes- Snow Patrol

sábado, 16 de maio de 2009

O que há dentro de mim?


Meu mundo acabou, e só resta o preto, o breu, a escuridão. Quero dormir para nunca mais acordar, e se acordar, que seja para morrer. É esse meu sentimento? Por que é quão difícil aceitar, que tudo que queremos que aconteça não está ao nosso alcance, que parecemos incapazes de realizar? E o mais duro é sonhar. A incapacidade leva à descrença, a covardia, a desistência. O sonho tem serventia somente como ilusionista, e o que podemos receber dele é a desilusão, uma queda, uma derrota. Talvez seja por este motivo que alguns escolham viver somente de ilusões, sentem-se bem neste mundo (se podemos chamar de mundo, já que possuímos outra alma), já que não tem nenhuma fé que os moves para caminhar em frente; e viver e pertencer a fantasmas, fantasmas que se chamam solidão, e nesse lugar viver como se estivesse no paraíso. “Estou morta por dentro”, isto é outro fator que faz com que vivemos com fantasmas, este é o motivo para querer viver onde eu posso tudo, mas este mundo onde se pode tudo é quase possível, se não fosse pelo fato de ser uma ilusão. Mas o que importa é poder sentir isto, mas é importante saber que o quão alto eu subo, maior será o tombo. Existem sim os arrependimentos, eles também são motivos para o querer viver no outro mundo. Percebemos então que dizer que aprendemos com os nossos erros é a mais pura verdade, mas que aprendemos na ilusão é totalmente incorreto, pois nada é verdade, isto é concreto. Meu mundo acaba... Por outro lado é muito bom, pois posso recomeçar um novo, mas levo comigo o meu torpor, um querido amigo, companheiro, que mora dentro de mim, e dele consigo um pouquinho de força, força não é a palavra certa, mas sim um impulso, que faz com que eu crie duas escadas, que por sinal é para subir e descer. 

 Isegurança: grande amiga!